Filosofia da Educação-Elizabeth S. Vaz

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO




*ELIZABETH DOS SANTOS VAZ




RESUMO


Este trabalho busca definir a palavra filosofia, dando ênfase que a mesma sendo grega e composta de duas: Philo e Sophia. Portanto ela significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. "A Filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama o conhecimento, o estima que a também que a procura e respeita". De forma analógica pode assim conceituar a filosofia da Educação como um conjunto de idéias que nos define como é a educação destacando a relevância em compreender a filosofia da educação como sendo uma ciência e sua objetividade. Nessa concepção a escola conceda o diálogo, possibilidade de contestação, possibilidade de discussão e mais ainda que o indivíduo chegar ao consenso, ao tinge esse patamar que é o seu papel com sociedade.

1. O PAPEL DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

1.1 O que é filosofia da educação?

A palavra filosofia é grega, sendo composta de duas: Philo e Sophia. Philo que significa; amizade, amor fraterno, respeito pelos iguais e a segunda que é Sophia quer dizer sabedoria. Portanto filosofia significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Pode-se definir de acordo com (CHAUÍ, p.190), que: "Filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e respeita". Deparamos algumas vezes com pessoas falando de suas concepções de vida descrevendo as como, "essa é minha filosofia de vida". Diante deste enunciado, pode-se pensar que o autor desta frase está fazendo referencia a um conjunto de idéias mais ou menos coerente que regulam seu modo de viver e enxergar o mundo, também dá referencia ao seu comportamento moral, a sua ética, o que considera certo ou errado, belo ou feio, ou seja, é uma concepção formada em sua ótica de leitura do âmbito geral da vida e a como a define. De acordo com SAVIANI, (2000, p. 45):
Acontece, porém, que a comunicação dos homens entre si e com as coisas estabelece relações que se bastam a si mesma. Não se trata, pois, de se utilizar um elemento pra se chegar a determinado objetivo, nem do reconhecimento da liberdade, ou de apreensão da realidade objetiva do ponto de vista da veracidade. Trata-se de um significado intrínseco à própria relação (domínio estético).
A filosofia educacional consiste em propiciar, por meio do ensino, o amadurecimento da pessoa, com o objetivo de fazê-la definir sua própria vida, tendo a consciência que tens o poder de decidir, ou seja, de fazer sua escolha, que a partir dessas escolhas poderá receber as conseqüências tanto de forma positiva ou negativa, isso se dá mediante a reação da escolha, esta reação à pessoa não pode escolher.
De forma analógica pode assim conceituar a filosofia da Educação como sendo um conjunto de idéias que nos define como é a educação.

1.2. Na educação para que serve a filosofia?

A cultura de nossa sociedade considera que alguma coisa só tem razão de ser se tiver alguma utilidade imediata. A problemática nesta concepção é que no senso comum não consegue ver para que a filosofia serve. Isso porque ela designa a pratica humana como práxis, por não ser uma prática mecânica, nem uma prática instintiva, mas é como um agir que ocorre exatamente em função de um significado, de um sentido que é teoricamente produzido, que é produzido pelo exercício de nossa subjetividade. E então quer dizer também que todo senso comum trás em seu seio um núcleo de bom-senso. Porque tudo que nos falamos ou praticamos no âmbito do senso comum é interligado por uma significação, mesmo que essa significação não seja explicitada conscientemente pelo sujeito. Na concepção de Gramsci a educação deve levar as pessoas do senso comum ao bom-senso. O bom-senso é a capacidade de entendimento da realidade, do conhecimento dos requisitos da ação de tal modo que o agir do homem tanto no âmbito individual, quanto coletivo, seja esclarecido pela consciência filosófica, ou seja, esse máximo de explicação dos sentidos que norteiam a nossa prática, para que ela não seja uma prática mecânica, instintiva ou uma prática totalmente condicionada como ocorre, por exemplo, com os demais seres vivos. O seu agir não é conduzido por significações intelectualmente elaboradas.De acordo com MORIN, 2004.p.47.
Como dizia magnificamente Durkheim o objetivo da educação não é o de transmitir conhecimentos sempre mais numerosos ao aluno, mas o "de criar nele um estado interior e profundo, uma espécie de polaridade de espírito que oriente em um sentido definido, não durante a infância, mas por toda vida".
Cabe a educação cultivar o bom senso, a consciência filosófica e consequentemente o exercício da reflexão crítica.
Quando se olha à educação, de modo geral, como processo formativo, é sempre essa idéia, que é de tradição da filosofia ocidental. É quando o individuo saí da pré-consciência para a consciência e no caso da expressão do senso comum para a consciência filosófica, que é o papel formativo do desenvolvimento intelectual de todo ser humano.
O questionamento, ou seja, a indagação, entretanto, é que o senso comum não consegue ver para que a filosofia serve. Já no bom-senso precisa das indagações filosóficas ,tem o intuito de aguçar o desejo de busca de correção e acúmulo de saberes: isso não é ciência e sim questões filosóficas.
O processo formativo como se dá na escola que é a ideologia e eventualmente uma ideologia que se oponha a outra, isto é o que se pede da escola. A educação tende-se a consolidar, sistematizar e reproduzir a ideologia, mas também fazer critica dessa ideologia tornando emancipadora à prática de cada um, melhorando as condições reais da existência da humanidade. Diante deste cenário todas essas pretensões são embasadas a partir da existência da verdade. Portanto a verdade e o pensamento são procedimentos especiais partem de conhecer os fatos, relação teórica e pratica.
No entanto é interessante ressaltar que algumas coisas só têm razão de ser se tiverem alguma utilidade imediata.

Todos os questionamentos que fazemos pra responder a vida ou situações da vida, como:
Qual é o propósito da vida?
Por que estamos aqui?
De onde viemos?
Para onde vamos?
É a filosofia quem formula e tenta responder essas questões.

1.3. Por que é importante formar uma visão filosófica sobre a educação?

Percebe-se que na medida em que avança o estudo na filosofia educacional inúmeras são as questões que se assomam na mente humana e que essas pedem respostas objetivas, claras e verdadeiras. Reside aqui a importância de compreender a relevância da filosofia da educação, pois esta ciência objetiva-se em ajudar o ser humano a pensar e a organizar as questões e propor soluções para os desafios encontrado na sociedade uma prática educacional democrática em um mundo globalizado e saturado de informações que recebem de mídia, como quaisquer meios de comunicações e também de sua leitura de mundo a nossa volta e que estes precisam ser transformadas em conhecimento e este é revertido para o bem de um grupo ou de um seguimento da sociedade. De acordo com SAVIANI (2000, p.49):
Promover o homem significa torná-lo cada vez mais capaz de conhecer os elementos de sua situação a fim de poder intervir  transformando-a no sentido da ampliação da liberdade, da comunicação e elaboração entre os homens. E para o conhecimento da situação, nos contamos hoje com um instrumento valioso: a ciência.
Quando as informações processadas na mente são colocadas em prática transformando em ação e por meio de ações reflexivas dando uma visão do que é conhecimento, quando isso ocorre há educação , baseada na concepção de Deweyano, que a concepção de liberdade. "A educação do homem seria processo mediante o qual o homem desabrocha todas as suas potencialidades". (GODOTTI. 2001.p.17). Onde defende que a escola conceda o diálogo, possibilidade de contestação, possibilidade de discussão e mais ainda que o indivíduo chegue ao consenso, ao atingir esse patamar ,esta atinge seu papel na sociedade.

[*Pedagoga com especialização em Psicopedagogia no Processo Ensino Aprendizagem, mestranda em Ciências da Educação. Coordena o Programa de Aceleração da Aprendizagem na rede Municipal de Buritis/RO.]

2. Referências Bibliográficas e complementares
SAVIANI, Dermeval, Educação: do senso comum a consciência Filosófica. -13 ED. Campinas, SP. Autores associados, 2000. – (coleção – educação Contemporânea).
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar e pensar, reformar o pensamento. 9 ED. RJ. Bertrand Brasil, 2004.
GADOTTI, Moacir. CONCEPÇÃO DIALÉTICA DA EDUCAÇÃO: Um estudo introdutório. 12 ed. Ver. SP. Cortez. 2001.
__COLEÇÃO DOS GRANDES EDUCADORES. EDIC.
MARILENA Chauí: em: http://geocities.yahoo.com.br.Acessado em 15 de out 2004

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