Fábulas- possíveis leituras-Alinne R. P. da Silva

A raposa e as uvas de Esopo: possíveis leituras


Alinne Roanne Pereira da Silva
Universidade Federal do Pará



RESUMO:  
Este projeto tenciona fornecer atividades de sala de aula, cujo eixo temático são as fábulas de Esopo, sob a perspectiva da moralidade, da ética e da cidadania. As fábulas que irão ser trabalhadas, assim como todas as fábulas, podem influenciar no desenvolvimento cognitivo do aluno. Para tal, o professor pode conduzir o aluno a fazer leituras interpretativas, associando a palavra com a imagem, incentivando-o a aventurar-se num universo de possibilidades de associações e de significados, mostrando ser um estilo literário de grande importância para a aprendizagem do código da língua escrita. Na prática em sala de aula, a análise das fábulas de Esopo pode permitir o desenvolvimento de atividades agregadas à pintura, à produção de textos, à confecção de desenhos, às instalações etc., que podem auxiliar o aluno na construção da aprendizagem.

                     I.        Introdução

Sabemos que a escola é um espaço de ensino, mas não podemos nos esquecer de que ela não é a única, pois tanto a casa, quanto a rua são espaços educacionais. Nessa perspectiva, ocorrem trocas de informações, isto é, de socialização, entre os alunos no reduto escolar e também na sociedade em geral. Cabe à escola, como afirma Paulo Freire, formar o aluno-cidadão, sujeito que esteja apto para interagir na sociedade pós-moderna, relacionando-se de forma crítica, política, social e tecnologicamente. O aluno, nas séries iniciais, precisa receber da escola uma orientação que perpasse por todas as exigências que a sociedade pós-moderna apregoa; acrescentamos a isso os valores morais e éticos que devem ser agregados às noções de cidadania.
O referido trabalho servirá como base para um estudo mais aprofundado que envolverá a utilização de fábulas, em sala de aula, a partir das fábulas de Esopo, sendo necessário citar que uma das melhores formas de se trabalhar com esse gênero textual, na nossa visão, é abordar o seu caráter moralizante, ético e, seguindo uma inclinação da pedagogia contemporânea, o trato com a cidadania. As atividades propostas a serem desenvolvidas em sala de aula recorrerão, de forma interdisciplinar, às disciplinas como a Arte, a Literatura infantil e ao ensino de língua materna, buscando conduzir o aluno ao universo das interpretações, das associações entre a palavra e a imagem que o texto de Esopo permite. Nisto recorremos à noções de semiótica, da relação entre significante e de significado e das múltiplas possibilidades que uma obra permite.
Esopo foi um autor de fábulas grego, que supostamente teria vivido na Antiguidade, no sec. VI a.C, sendo atribuída a ele a origem das fábulas, no entanto, é possível que Esopo não tenha de fato existido, pois, as fábulas que dizem ser dele podem ter sido narradas por outras pessoas. É necessário explicitar que a importância da obra, mesmo com dúvidas a respeito dela, merece ser lembrada sempre que citar algo sobre o gênero fabular. Alguns se referem à Esopo como um ex-escravo que, quando liberto pelo seu dono, conheceu nas fábulas o seu refúgio e com isso começou escrever essas narrativas que até hoje encanta crianças e adultos.
As fábulas são narrações curtas, o que facilita a interpretação, enfatizando o poder do gênero, isto é, do caráter moralizante que o gênero fábula perpassa ao leitor, submetendo assim ao fascínio causado pela presença do fantástico, as múltiplas facetas do homem podem ser lidas no enredo didático, no qual animais dão voz à consciência humana e ao imaginário cultural dos povos, como afirma Jacques Le Goff (1994,p. 16-17). Em relação a esse mundo fantástico do qual a fábula faz parte é interessante ressaltar o que cita Tzvetan Todorov (1989, p. 37), “O fantástico implica, pois uma integração do leitor no mundo das personagens; define-se pela percepção ambígua que tem o próprio leitor dos acontecimentos narrados”, que no nosso ponto de vista a incerteza, a dúvida, são pontos primordiais para que a leitura seja mais produtiva, levantando várias possibilidades de interpretações.
Segundo Cândida Vilares Gancho (s/d, p. 14), “Bichos, homens ou coisas, os personagens se definem no enredo pelo que fazem ou dizem, ou pelo julgamento que fazem dele o narrador ou outros personagens”. Tudo, no enredo fabular, conspira a uma interpretação teleológica, quer personagens (homens ou bichos), quer coisas, a própria história e, também, deve-se inserir nesse contexto o narrador. É necessário acrescentar que as atividades propostas que visam, inicialmente, o desenvolvimento cognoscível do aluno e, em seguida, a construção dos valores morais, éticos e de cidadania é amparada na metodologia triangular de Ana Mae Barbosa (1991) que propõe os seguintes pontos de vista: conhecer a arte, no nosso caso, conhecer as fábulas e o contexto em que elas foram escritas; apreciar a arte, ou seja, analisar as fábulas, considerando as habilidades de ver, de fruir a obra e de descobrir os efeitos estéticos que auxiliam o julgamento por parte do fruidor, como enfoca Umberto Eco (1997); e fazer arte (fazer artístico) quer em relação ao texto escrito, quer em relação à construção das imagens e expressões criadoras.

                   II.        Como tratar desse tema em sala de aula
Por se tratar de uma proposta de ensino, é necessário antes de tudo possibilitar que o aluno tenha contato com a fábula de Esopo e assim conseguir com produtividade assimilar as mensagens (moral, ética e de cidadania) que os textos oferecem, possibilitando, ainda, a estimulação dos processos criativos dos alunos destacando assim a importância da utilização da proposta triangular no ensino, enfocando o conhecer, o apreciar e o fazer artístico.
Por meio dessa apresentação, proporcionada pelo professor, o aluno é levado ao universo das interpretações, das relações entre significante e significado e das associações entre palavra e imagem. As fábulas possuem essa faceta de fazer uma ligação entre a imagem e o texto em si, cujo enredo se adapta nos diversos contextos no qual o aluno está inserido, seja social ou cultural. Consideremos, por exemplo, a relação entre significante e significado, numa perspectiva semiótica, mais precisamente da semiótica plástica que, segundo Jean-Marie Floch (Apud BUORO 2006, p. 53) é “aquela que dá conta das qualidades visíveis dos discursos visuais a partir da compreensão das relações entre um significante visual e um significado”. Considera-se, sobretudo, a relação entre o plano da expressão e o plano do conteúdo. O primeiro diz respeito aos aspectos formais[1] que constituem uma obra e o segundo “é o plano onde a significação nasce das variações diferenciais graças as quais cada cultura para pensar o mundo ordena e encadeia ideias e discursos” (FLOCH apud BUORO, 2006, p. 55).
No processo de leitura, o leitor/receptor/fruidor, é conduzido a recorrer, a partir dos sinais (unidade básica da comunicação, composto de um significante e um significado, segundo Saussure, quer correspondente à representação lingüística, quer visual), que são culturalmente marcados, à sua comunidade interpretativa, descobrindo os caminhos que a leitura pode proporcionar, na busca do significado ou significados. Reconhecendo a obra de arte como signo aberto, Umberto Eco (1991, p. 41) entende que o intérprete possui
‘atos de liberdade consciente’ [e que está posto] no centro ativo de uma rede de relações inesgotáveis, entre as quais ele instaura sua própria forma, sem ser determinado por uma necessidade que lhe prescreva os modos definitivos de organização da obra fruída; mas (...) poder-se-ia objetar que qualquer obra de arte, embora não seja entregue materialmente inacabada, exige uma resposta livre e inventiva, mesmo porque não poderá ser realmente compreendida se o intérprete não a reinventar num ato de congenialidade com o autor.
A liberdade que o leitor possui poderá conduzi-lo a depreender do texto os vários discursos que este possibilita e a recriá-lo, reinventá-lo, quando conduzido a responder aos estímulos e aos jogos de percepção e de compreensão que a leitura prescinde.
Eco (1991, p. 40) acrescenta que
Cada fruidor traz uma situação existencial concreta, uma sensibilidade particularmente condicionada, uma determinada cultura, gostos, tendências, preconceitos pessoais, de modo que a compreensão da forma originária se verifica segundo uma determinada perspectiva individual.

A fruição da obra exige do leitor/observador uma participação dinâmica e coparticipativa com o autor, como já visto. Ainda que a obra apresente forma acabada e fechada na sua perfeição, os possíveis significados direcionam-na a uma via ampla, aberta, em que o fruidor considera seu contexto histórico, social e cultural e o associa à obra, ao plano da expressão.
Nesse sentido, a criticidade do aluno, sua visão sobre os aspectos social, histórico e cultural, ou, mais precisamente, seguindo a perspectiva desta proposta de ensino-aprendizagem que principia pela abordagem sobre moral, ética e cidadania, as fábulas podem apresentar-se como material enriquecedor, no propósito de ampliação no conhecimento tanto por parte do professor, quanto pelo aluno, pois irá acontecer uma troca de conhecimentos provocada por essa interação, que a fábula torna-se capaz de proporcionar, sem esquecermo-nos que o gênero em estudo também pode entrar em contato com outros temas, tais como a amizade, a família, o respeito e outros. Como pode ser visto na Fábula A Raposa e a Uvas:




Estava uma raposa com muita fome e ao ver pendendo um cacho de deliciosas uvas de uma parreira, quis apanhá-los com sua boca. Mas, não podendo alcançá-los, fez um muxoxo e disse:
- Que importa... Estão verdes mesmo!
MORAL: Nunca culpes os demais pelo que não és capaz de alcançar.

Nessa fábula, nota-se um enredo que possibilita o aluno a enquadrar-se em uma perspectiva da cidadania mostrando-lhe um cidadão com uma visão consciente de seus direitos e deveres; conscientizando-se num mundo que o agencia. Ao final da nossa  proposta, por exemplo, não devemos esquecer-nos que o aluno poderá ser conduzido à produção da arte, ao fazer a arte como propõe Ana Mae, construindo um universo ficcional fabular, tendo a instalação, a produção de pequenos textos, a composição de slides do Power Point, construções de outras histórias e imagens, fotografias, vídeo etc.
Estimulando assim a capacidade do desenvolvimento da linguagem oral, além da atenção e raciocínio e da habilidade de criação do aluno, amparando-se na proposta triangular de Ana Mae Barbosa, proposta esta que como foi dito anteriormente possibilita o aluno não só conhecer mais também produzir a arte formando uma visão de um agir interpretativo, em que o leitor passa a ser um sujeito que tem o propósito de reconhecer como é dado o processo de construção de sujeitos, os valores e a significação da imagem, tendo como base em um percurso gerativo de sentido, que é empregado pela semiótica, a esse respeito Fiorin (1997, p.17) ressalta que
O percurso gerativo de sentido é uma sucessão de patamares, cada um dos quais suscetível de receber uma descrição adequada, que mostra como se produz e se interpreta o sentido, num processo que vai do mais simples ao mais complexo.
Outro ponto importante que essa proposta de ensino nos oferece, acrescenta-se ao fato de que por meio dessa apreciação e do conhecimento das fábulas de Esopo é possível compará-las com outras que sejam comuns ao meio em que a criança se encontra, considerando o contexto sócio-cultural do aluno, já que de fato, ela possui uma leitura de mundo diferente do professor propositador, daí cabe ao professor resgatar e organizar esse conhecimento, manifestando o interesse de leitura de imagens e de textos que conduzem o plano da expressão ligado com o plano do conteúdo.
                 III.        Observações sobre o desenvolvimento do trabalho
O trabalho será desenvolvido a partir das análises feitas com os alunos sobre a fábula de Esopo. Em tal atividade, o professor irá conceituar palavras como narração, fábulas, personagem etc., procurando fazer que haja a compreensão das mensagens que o gênero fabular oferece, motivando os alunos a contarem histórias que conheçam e assim poder discutir sobre o contexto no qual estão inseridos, como cita Mirian Martins (1998, p.60)

Por não haver regras fixas no modo de produção de arte, o artista desvenda infinitas combinatórias num certo jogo com a linguagem. Articulando os elementos que já fazem parte do seu repertório pessoal de uso do código às novas descobertas de sua pesquisa, o artista produz sua própria linguagem da arte.

O professor deve ter em mente que desde pequenos nos habituamos a ouvir e a contar histórias, sendo esse um exercício próprio do ser humano, mostrando com clareza o que de fato o enredo propõe, principalmente quando se trata de fábulas. Em relação à elas, sabemos que a sua mensagem deve atender a um ideal moralizante; neste sentido, é a partir de então que propomo-nos a arquitetar atividades que conduzam à prática de interpretação de texto, que permita uma leitura, na qual a moral, a cidadania, a ética, o respeito, a família são abordados, pois a maneira como essas histórias são entrelaçadas com a sociedade mostra-nos regras de conduta e comportamento, além de objetivos de vida que devem ser almejados.
É necessário ficar atento, pois o aluno pode confundir o personagem com a realidade e o professor deve servir como uma ponte, isto é, um mediador, um facilitador, no processo de construção da aprendizagem, ressaltando que as fábulas e seus enredos possuem um caráter fictício e que mesmo parecendo tão real, os animais utilizados nas histórias, são apenas instrumentos para mostrar as atitudes humanas e assim conseguir repassar as morais que concluem o gênero, pois é comum ou até mesmo cotidiano os pais, a televisão e até políticos adequar as morais que são oferecidas pelas fábulas para ensinamentos que desejam repassar ao seu receptor, sejam aos filhos, telespectadores ou eleitores. E querendo ou não a mídia e os recursos tecnológicos influenciam e muito no processo de formação da cidadania, a esse respeito Douglas Kellner (2001,p.425) ressalta
O movimento que defende a “pedagogia da mídia” [...] tenta ensinar a ler, analisar e descodificar os textos da mídia, de um modo semelhante ao que e faz com os textos escritos. [...] Ensina a avaliar as qualidades estéticas das produções da mídia e a usar suas várias tecnologias como ferramentas de auto-expressão e criação.

Cabe ressaltar que o primeiro passo para que as fábulas sejam trabalhadas se refere ao conhecimento acerca da obra, no nosso caso caberia ao professor informar quem foi Esopo, como começou escrever, além de outras indagações que achar pertinente levantar na sua aula. Após fazer o conhecimento da obra, propor a leitura de uma ou mais fábulas que represente a ética, a moral e a cidadania, tentando desenvolver no aluno a capacidade de poder relacionar as imagens, com os enredos das fábulas,  recolhendo recursos que a linguagem dispõe, tanto no visual, quanto na escrita.
Sugerir a produção de seus próprios textos e mostrando suas criticas e seus pontos de vistas, ficando como sugestão de fábulas “A RAPOSA E AS UVAS”, “A CIGARRA E A FORMIGA” e “O ASNO, A RAPOSA E O LEÃO”, além de outras que possam ser utilizadas com esse propósito. O referido trabalho pode de maneira precisa atuar como um facilitador quanto à formação de cidadãos com consciência critica e com ideais de crescimento, o professor pode recorrer a produção de pequenas paródias, conduzindo os alunos a estimular sua oratória e a sua capacidade de criação.

                  IV.        Os alunos como leitores e produtores de textos:
Um dos melhores métodos para a formação de bons leitores e interpretadores é aproveitar o que o aluno tem ao seu redor, já que em muitos dos casos, o ensino da língua portuguesa caracteriza-se como a aplicação de uma gramática descontextualizada e fragmentada, como cita João Wanderley Geraldi (2003) “confunde-se estudar a língua com estudar Gramática”, o fato é que o estudo de um gênero como a fábula é um início proveitoso para que a criança passe a procurar outros tipos de leituras tão interessante, quanto às fábulas, procurando promover reflexões sobre os temas abordados, sendo essa, a intenção de melhorar a forma de contextualizar o ensino e proporcionar condições ao falante/aluno de desenvolver sua capacidade de interação e expressão.
 O professor deve apresentar as fábulas de Esopo que irão ser trabalhadas, ficando como sugestão “A RAPOSA E AS UVAS”, “A CIGARRA E A FORMIGA” e “O ASNO, A RAPOSA E O LEÃO”, instigando o aluno a interagir depois de lido os textos. Sempre fazer um comentário oral dele e também fazer alguns questionamentos, como: que tipo de texto foi lido? Quais suas características? Sobre o que fala? O que você achou da atitude do personagem? O que você faria se estivesse no lugar dele? Qual personagem que você mais gostou e por quê?Estas perguntas poderão servir como um momento de conhecimento da turma por parte do professor.
Pedindo que o aluno produza de alguma maneira, podendo ser através de pinturas e desenhos ou produção de pequenos textos, entre outras possibilidades. Assim, estimulando a sua capacidade de raciocínio e produção, aumentando o seu poder de criticidade, seguindo o que dispõe a proposta triangular de Ana Mae Barbosa (1991). Logo em seguida seria destinado um momento à apresentação dos trabalhos que foram desenvolvidos em sala sendo interessante que o professor convide os pais de seus alunos para que eles possam prestigiar os trabalhos de seus filhos, além de participarem mais ativamente da vida escolar deles.
Essa proposta de ensino pode ser vista como uma tentativa de levar o aluno a produzir textos, além de estimular a leitura de outros gêneros textuais, já que é o papel do professor está muito além de profissional, passando muitas a vezes para o âmbito pessoal, uma ligação que reflete na produção do aluno.

V- Considerações finais:

O desenvolvimento do nosso trabalho levou-nos a constatar que, a partir das teorias da Proposta Triangular e de outras teorias como a semiótica e suas vertentes, o aluno pode construir sua aprendizagem de forma completa, imiscuindo teoria e prática, desenvolvendo seu pensamento crítico, como enfoca Paulo Freire. Possibilitando analisar algumas abordagens a cerca das fábulas de Esopo tais como a moralidade, a ética e cidadania.
Os objetivos almejados inicialmente foram alcançados, de forma que possibilitou entender e conhecer a maneira como professor pode levar o aluno um mundo de interpretações por meio de fábulas, apesar de ainda não ter sido colocada em prática em uma sala de aula, possibilitou de certa forma estabelecer um entendimento entre a imagem e o enredo, o significante e o significado.
Por meio das Fábulas de Esopo, que são escolhidas pelo professor, leva-nos a uma reflexão que junto com o aluno em sala de aula pode passar de uma, para várias análises com visões diferentes a cerca de um mesmo tema. Assim o aluno torna-se capaz de produzir seus próprios textos e aumentar seu poder de cidadão crítico conhecendo seus deveres e direitos, além de conhecer características humanas em personagens de animais, sempre chamando atenção para a moral que Fábulas proporcionam.
Sabemos que estamos apenas no início e que nossa proposta é ainda um sonho que possivelmente possa ser realizada, mas acredita-se que assim possamos construir e contribuir para uma educação prazerosa e produtiva, e que seja adequada há possibilidade de melhora no ensino aprendizagem dos alunos.
A proposta baseou-se em atividades que procuravam incidir sobre aspectos cognitivos e afetivos, buscando a promoção do ensino por meio de experiências de aprendizagem, pois é interessante ressaltar que o contato com as fábulas possibilita uma aproximação pessoal de características que formam a condição humana, tais como alegria, medo, tristeza, angústia, saudade, esperança.

[1] Segundo Floch (apud BUORO, 2006, p. 55), o plano da expressão “é o plano onde as qualidades sensíveis que possui uma linguagem para se manifestar são selecionadas e articuladas entre elas por variações diferenciais”

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