sábado, novembro 13, 2010

                          A Lenda do Caipora ou Curupira

 

    I.
"Este mito que protege nossa fauna e nossa flora, que desorienta o caçador predador, que parte o machado de quem abater árvores sem necessidade."


Ele que permite através da preservação da natureza, que se preserve assim também pelo maior tempo possível a espécie humana.

Tendo em vista a preocupação da humanidade em relação à ecologia, coloca o FEFOL, do qual é o Patrono, e sua capital, Olímpia, assim como o próprio folclore, em sintonia com o planeta."

Entidade mítica de idealização folclórica de procedência tupi-guarani (de "curu"-corruptela de curumim + "pira" = corpo, corpo de menino), com ligações originárias ao homem primitivo e de atributos heróicos na proteção da fauna e da flora.

Tem como principal signo a direção contrária dos pés em relação ao próprio corpo, o que constitui um artifício natural para despistar os caçadores, colocando-os numa perseguição a falsos rastros.

Possui extraordinários poderes e é implacável com os caçadores que matam pelo puro prazer de fazê-lo;

Há, entretanto variantes, extremamente divergentes dessas idéias, onde o Curupira (e/ou Caipora, do tupi-guarani "caá", mato, e "pora", habitante), é um ser medonho e perverso: "o demônio das florestas"; na concepção pictória, "aparece" de várias formas: como um menino de corpo peludo, cabelos avermelhados e dentes verdes; como um curumim; como um duende sem cabelos e com o corpo coberto de pelos verdes; como um anão, um caboclinho, etc.

O Curupira tem para nós olimpienses uma peculiar importância por ser o patrono do FEFOL, durante a qual é incumbido de governar a cidade após receber (personificado) das mãos do prefeito a carta de mandatário e a chave simbólica do município.

É um mito existente em todo o Brasil. É um ente fantástico, demoníaco, cruel para os que não o atendem. É representado ora como mulher unípede, o Caipora-Fêmea, ora como um tapuio encantado,nu, que fuma no cachimbo, este último na área do Maranhão a Minas.

Manoel Ambrósio dá a notícia, no Nordeste, de um caboclinho com um olho só no meio da testa, descrição que nos faz lembrar dos ciclopes gregos. Também aparece no Paraná como um homem peludo que percorre as matas montado num porco-espinho.

No Vale do Paraíba, estado de São Paulo, ele é descrito como um caçador façanhudo, bastante feio, de pêlos verdes e pés virados para trás.

Outro nome do Caipora, ou Caapora, é Curupira, protetor das árvores, chamado assim quando apresenta os pés normais.

Em algumas regiões, há fusão dos dois duendes, em outras elas coexistem. O mito emigrou do Sul para o Norte, conforme conclusão dos estudiosos.

Existe na Argentina o mesmo duende, como um gigante peludo e cabeçudo. Couto de Magalhães aceita a influência platina no nosso Caipora.

Nesse conto brasileiro, o duende vira ao avesso o caçador. Também é comum, principalmente em Minas e São Paulo, o castigo de matar de cócegas aquele que não tem fumo para contentá-lo.

O Caipora, ou Pai-do-Mato, é protetor da caça e reina sobre todos os animais.

É mau espírito. Infelicita os que encontra, quando não lhe dá tremendas surras. Deparar o Caipora traz conseqüências desagradáveis.

Por extensão, passou a lenda a considerar qualquer encontro com o Caipora como causa de infelicidade. Daí caiporismo = má sorte.

O Caipora, também chamado Curupira e, em algumas regiões, Caiçara, justificado pelas lendas ameríndias, é protetor da caça e guardião dos caminhos. Em maio de 1550, dizia o Padre Anchieta que o Caiçara maltratava os índios nas brenhas, com chicotadas.

Chegava até a matá-los, à força de maltratos. Os índios, para apaziguá-lo, deixavam para ele, nas clareiras, penas de pássaros, redes, esteiras. Segundo Gonçalves Dias, Curupira é o espírito mau que habita as florestas. Descreve-o assim: 'Veste as feições de um índio anão de estatura, com armas proporcionais ao seu tamanho'. Governa os porcos-do-mato e anda com varas deles, barulhando pela floresta. O mesmo mito é encontrado em toda a América Espanhola: no Paraguai, na Bolívia, na Venezuela.

Entre os Chipaias, tribo guarani moderna, há a crença no Curupira, como sendo um monstro antropófago, gigantesco, muito simplório, conforme relato de Artur Ramos, em Introdução à Antropologia Brasileira.

Apesar de serem conhecidos o nome e o mito Curupira, no Vale do Paraíba é mais encontradiço o nome Caipora, usado até para designar gente de cabeleira alvoroçada.

Lá, é um caboclinho feio pra danar, anão de pés virados para trás, cabeludo. Viaja montado em um porco-espinho, com a cara virada do lado do rabo da montaria.

Quem vai mato a dentro, tem que se prevenir com fumo de rolo, para lhe oferecer.

Uma variação fonética mais recente foi recolhida no estado de São Paulo, e consta do reforço do primeiro 'r' brando do nome, para Currupira. Assim se diz em alguns pontos da Serra Quebra-Cangalha, nas alturas de Silveiras e assim foi ouvido em Olímpia, cognominada a Capital Nacional do Folclore.
II.


                                           O Curupira
Curupira ou Caipora é um mito antigo no Brasil, já citado por José de Anchieta, em uma carta datada de 1560, Ele dizia: "Aqui há certos demônios, a que os índios chamam Curupira , que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante ".
Os índios, para lhe agradar , deixavam nas clareiras , penas , esteiras e cobertores.
Ser tipicamente da floresta , não aparecendo em áreas urbanas, o Curupira é um duende brasileiro , cabelos compridos , ruivos, cuja característica principal são os pés virados para trás, ou seja, os calcanhares para frente. Este defeito lhe é especialmente útil para uma de suas maldades prediletas: fazer pessoas perdidas na mata seguir-lhe as pegadas que, afinal , não leva a lugar nenhum. Para que isso não aconteça, caçadores, lenhadores e aventureiros costumam suborná-lo com iguarias deixadas em lugares estratégicos. O Curupira , distraído com tais oferendas, esquece-se de sua artes e deixa de dar suas pistas falsas e chamados enganosos , imitando a voz humana , para desviar os que estão na floresta no rumo certo. Para atrair suas vítimas , ele , às vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato pelos caboclos.
 Às vezes é visto montando um Porco do Mato.
Entre os índios Tupis-Guaranis, existia uma outra variedade de Curupira, chamada Anhangá, um ser maligno que causava doenças ou matava os índios. Há relatos de entidades semelhantes entre quase todos os indígenas das Américas Latina e Central.
Dizem que ele é um menino de cabelos vermelhos e com os pés virados para trás, para despistar quem quiser seguí-lo. Algumas pessoas descrevem o Curupira como um índiozinho montado em um porco selvagem, outros dizem que tem o corpo coberto por pêlos.
Ele cuida das animais da florestas, protegendo contra a devastação e a caça.
Quando entramos na mata e ouvimos barulhos estranhos pode ser ele.
Ele é tão rápido que muitas vezes ao passar pela mata, parece um vento forte.
Ao entrar numa mata deve-se levar uma oferenda para o Curupira, assim ao agradá-lo não se perderá na mata.
O Curupira tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua permissão.

Pesquisa Literacia- Fontes:
Brasil Escola
Grupo Escolar-Lendas e Folclore

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Um comentário:

  1. Parabéns por divulgar nossos valores culturais.
    Aleir Ribeiro-TO

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