quinta-feira, novembro 04, 2010


   PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL



              
                        ELIZABETH DOS SANTOS VAZ [1]
                        IVAN BUENO DE LIMA [2]
                        JOSÉ CAMILO LIMA[3]
RESUMO

         Este trabalho  destaca os  diversos tipos  textos na utilização de  recurso que sirva como norteadores na orientação de produção textual de uma turma em sala de aula do ensino Fundamental. Tem como referência teórica a concepção construtivista da aprendizagem, com o intuito de contribuir com a ajuda das diversidade de tipologias textuais para uma prática pedagógica mais eficaz e criativa, em oposição às práticas vigentes. Embora não se constitua uma novidade, sabe-se que tais práticas não são habituais na maioria das  de aula de turmas regulares do Ensino Fundamental. Portanto caracteriza-se e como uma pesquisa do tipo bibliográcia  descrevendo que para elucidação das questões de estudo  com base em analises de estudo de teóricos que constata e para tanto , ousa-se  que este trabalho venha promover  situações de encontros com diversos tipos de texto (informativo, descritivo e lúdico) na exposção de  leitura dinâmica em sala de aula e assim possa ajudar os novos educadores a entenderem  como auxiliar seus educando a concatenar suas idéias com estimulo da imaginação e a afetividade para a propiciedade da  aprendizagem na escrita numa produção de texto de forma qualitativa. Para fundamentação e análise dos dados utilizaram- se das teorias de: Geraldo Peçanha Almeida (2005); Vasco Pedro Moreto (1996);  Celso Ferrarezi (2000) Josette Jolibert (1994);Beatriz Cardozo; Leonor Lopes Fávero (2001) e Ludke (1996).

  INTRODUÇÃO

           Esta pesquisa  ousa explicitar a importancia de trabalhar com  metodológicos determinantes nas produções de textos das séries iniciais do Ensino Fundamental por considerar relevante a explanação deta metodologia numa proposta construtivista embasada em vários teóricos que seguem esta tendencia pedagogica. 
           Atualmente, a sociedade e a escola estão despertando para uma nova realidade e imerge, de forma generalizada, novos rumos para a educação na escola. Onde o foco está na aquisição de habilidades no campo afetivo, no cognitivo e no psicomotor, que identifiquem as competências do novo profissional e cidadão, sendo capaz de interagir na contextualidade de mundo em transformação e ampliação nas áreas tecnológicas, comunicacionais, éticas e sociais. Neste patamar, norteia que as aula devam continuar na mesma linha de pergunta e resposta e com desafios e explicações, equilíbrio e reequilíbrio cognitivo na compreensão dos textos produzido pelos educandos.
                 Saber ler e escrever são condições necessárias para a participação ativa no contexto de mundo globalizado em mudanças constante na era da comunicação e grande fluxo tecnológico. Desta forma espera se que no percurso do ensino fundamental os alunos adquiram progressivamente
competências lingüísticas para que essa participação seja de forma crítica e ativa. Estes são os objetivos e finalidade do ensino da Língua Portuguesa.
          Quando se afirma a finalidade das atividades da Língua Portuguesa seja o de priorizar o trabalho com a linguagem em torno de dois eixos fundamentais: o uso da língua oral e escrita e a análise e reflexão sobre a mesma.
            Ao    trabalhar   com     as  diversidades    textuais   numa    proposta construtivista, procura-se aliar esses objetivos enfatizando o diferencial da expressão oral, leitura e escrita aliadas as necessidade expressiva, de forma prazerosa e lúdica, pois nesta faixa etária é fundamental a interação com a diversidade de textos, pois ampliam a visão e fundamenta a concatenação das idéias de tipologia textuais usadas em determinados momentos e situações.
           A estruturação deste trabalho está sustentada numa perspectiva construtivista embasada num referencial teórico composto por autores como Geraldo Peçanha Almeida (2005); Vasco Pedro Moreto (1996);  Beatriz Cardozo & Leonor Lopes Fávero (2001); Beatriz Cardozo & Madza Ednir (2001) e Josett Jollibert (1994). Os quais apresentam procedimentos metodológicos exeqüíveis para a produção textual envolvendo textos informativos, narrativos, descritivos, literários, publicitários, humorísticos, epistolares e instrucionais.
            Além de seus métodos voltados para a produção textual, esses autores apresentam ainda conceitos avaliativos e destacam a importância estes elementos no processo de ensino-aprendizagem.
          
1.            PRODUÇÃO DE TEXTOS: LER, ESCREVER E REESCREVER PARA ASSIM ADQUIRIR O “SABER”.

1.1         Oralidade, leitura e escrita

            O aprendizado da língua oral e escrita é um dos elementos fundamentais  para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas de práticas sociais.
           Aprender uma língua é entender, interpretar e representar os significados das palavras de acordo com o meio sociocultural, pois a linguagem contribui para a formação do sujeito na sua interação com o outro, na construção de conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.
           Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN do primeiro e segundo ciclo propõem que escola deve promover experiências significativas de aprendizagem da língua e ampliar as capacidades de comunicação e expressão associadas às quatro competências lingüísticas básicas: escutar, falar, ler e escrever. Estas orientações ou propostas estão fundamentadas nos princípios
construtivistas e baseiam-se num modelo de aprendizagem que reconhece a participação ativa do aluno, tendo a intervenção do professor quando necessário nesse processo de ensino e aprendizagem.
           Na escola, nenhuma tarefa pode ser realizada de forma satisfatória sem a leitura e a escrita. Quer se trate de tarefas escolares, profissionais, ou tarefa ligada à vida cotidiana, de lazer ou desempenho da cidadania é necessário antes de qualquer coisa, saber ler, pois os que não dispõem desse domínio, tornam - se dependentes e presas fáceis de serem manipulados e até mesmo de opressão

          O sucesso escolar, profissional, a liberdade do cidadão em que a criança torna se futuramente, dependerá da sua capacidade de leitura, pois                                                                                    vivemos num mundo essencialmente letrado onde a leitura e a escrita são elementos culturais valorizados e exigidos no contexto social. Para Cardozo & Ednir (2004, p. 45),
 “ A melhor maneira de transformar meninos e meninas em leitores e escritores é colocá- los em contato com materiais impressos dos mais diferentes tipos: livros, jornais, revistas, anúncios e cartazes”.
           A oralidade, além privilegiar o caráter dialógico e interativo da linguagem – o falar e o escutar – permiti uma melhor produção e compreensãode textos. Por ser uma modalidade que o aluno já domina ao chegar à escola, deve ter destaque no ensino da língua.  De acordo com            Beatriz Cardozo (2001, p.45)  “A língua escrita é um artefato, um instrumento, e o seu domínio não significam apenas a melhoria das habilidades comunicativas, mas a ampliação da própria estrutura do pensamento”. Assim, a exploração e valorização da oralidade na escola permitem
mostrar aos alunos a grande variedade de usos da fala, conscientizá-los de que a língua é heterogênea e trabalhar com a questão, não é falar certo ou errado e sim saber que forma utilizar, considerando as características do contexto de comunicação. Ou seja, saber coordenar satisfatoriamente o que fala e como fazê-lo, considerando os diferentes níveis de linguagem: do coloquial ao formal. Já  Cardozo, (2004, p.93): diz que :”É preciso apresentar várias situações reais, para que, a partir da comparação com suas diferenças, às crianças apreendam o que elas têm em comum e possam construir depois o seu próprio caminho.” Dessa forma, os projetos que visam à construção de textos devem levar em conta a oralidade, porque a mesma traz implícita a gramática.  Ferrarezi(2000,p.135 e 136), apresenta-nos  um questionamento sobre o ensino da leitura  e da produção textual nas escolas. Ele diz:

Porque razão o maior anseio de nossas crianças, o que mais elas   querem na vida  antes de entrar na escola, que é aprender a ler e a escrever, logo nos primeiros  contatos com a realidade escola  transforma-se em aversão ou apatia para com a leitura e a escrita?
          
Essa indagação nos faz repensar a prática docente principalmente no diz respeito  a escolha de conteúdos e sobre as estratégias de ensino utilizadas pelos professores.
          Sabe-se que a leitura é uma forma de adquirir saberes, para organizar e produzir idéias. Assim, torna-se necessário ensinar a contextualizar textos e proporcionar leitura de textos diversificados para que assim desta maneira a criança possa assimilar conhecimento e contribuir para a produção de textos qualitativos, o educador priorize o caráter dialógico e interativo da linguagem.
          Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem que a escola deve organizar o ensino que modo que o aluno desenvolva os seguintes conhecimentos discursivos e lingüísticos:

                                                           - Ler e escrever conforme seus propósitos e demandas sociais;
- Expressar-se apropriadamente em situações de  interação oral diferentes daquelas  próprias de seu    universo imediato;
- Refletir sobre os fenômenos da linguagem,  particularmente os que tocam a questão da variedade lingüística, combatendo a estigmatização, discriminação e preceitos  relativos ao uso da língua. (OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - 2001, P. 58.E 59).

          Em relação à escrita, o primeiro e mais importante aspecto que o professor deve compreender é o caráter dialógico e interativo da linguagem. Escrever é uma atividade que busca registrar, comunicar, influir, entender, criar, comover, apresentar os contextos de dialogo em linguagem escrita. É relevante salientar que as pessoas falam e escrevem para suprir suas necessidades e que sempre haverá uma intenção em cada ato comunicativo. Portanto sempre haverá uma idéia a ser vinculada de receptor e o transmissor. Assim, o texto escrito precisa ser tratado também como diálogo e não apenas como estrutura.
           De acordo com Jollibert (1994, p. 1), “ O escrito é um mundo econômico, industrial, comercial, cujo próprio funcionamento determina a natureza, a apresentação e o conteúdo dos escritos produzidos”. Ela orienta- nos que na escola não basta fazer com que as crianças leiam e produzam textos.  Para Kaufmam (1995, p.146):
O texto produz em sua totalidade verbal humana, é uma  unidade semântica,de  caráter social, que se estrutura mediante um conjunto de regras combinatórias de  elementos textuais e oracionais,  para a manifestação a intenção comunicativa do  emissor.
           Nessa perspectiva de continuum, os tipos textuais possuem uma ferramenta que está à disposição do falante, sendo por ele escolhido de maneira que melhor lhe convém para, no processo de comunicação, auxiliá-lo na sua expressão lingüística. Tomar um tipo de texto como uma determinada estrutura básica normalmente usada em uma determinada situação o torna uma valiosa “ferramenta “ (ou instrumento de caráter cognitivo) que o falante procura, guia e controla para poder expressar a função maior da linguagem que é atingir uma comunicação, em maior ou menor grau, argumentativa, ou seja, uma comunicação cujo objetivo é eficazmente alcançada e concretizada; daí dizer-se que a argumentação está inscrita no uso da linguagem.

1.2         Textos Diversificados na escola: numa prática construtivista.

           A prática didática – pedagógica de Língua Portuguesa precisa considerar a heterogeneidade da diversidade de textos e contextos existentes na sociedade, leva-se em conta a necessidade de formar alunos profícuos na interatividade de leituras e produções de textos, como orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais.
            O trabalho com produção de texto na sala de aula deverá estar inter- relacionado com as atividades e os exercícios oferecidos pelo educador nos quais também as atividades dos livros didáticos que contêm este gênero discursivo como pretexto para ajudar o aluno na concatenação de suas idéias e discutirem conteúdos gramaticais e ortográficos, atendo–se para não adquerir uma abordagem utilitária e mecanicista, sendo contemplados com todos os gêneros do discurso (informativo, interpretativo, opinativo, operacional) e a tipologia de textual do discurso (épico, lírico e dramático, a poesia ou a prosa), que foram herdados, e ainda está presente, ora preservado pelos intactos na arte, ora decomposto e recompostos em inúmeros e diferentes níveis, mas todos a serviço da intenção comunicativa de um falante que eles recorrem como se recorre a uma ferramenta de trabalho.
            Desta forma, os textos com características e especificidades, são textos que quando não marginalizados, são tratados de forma interativa com o meio atual e a real realidade, fazendo esta inter-relação com o cotidiano do aluno tendo uma visão de qual é a função do texto utilizado no ambiente escolar. Neste aspecto  Marcuschi (2007, p.54),comenta que:

Nas relações tipológicas temos um aspecto interessante, ou  seja, a transforma de um gênero textual falado para o mesmo gênero  textual escrito, por exemplo, uma  narrativa oral passa para uma narrativa escrita produz modificações menos drásticas  que de um a outro, por exemplo, uma entrevista de um cientista concedida a um jornalista e passa para o jornal na forma de um artigo de divulgação cientifíca.
            As atividades com diversidades de textos possibilitam o exercício de inventividade, criatividade, conhecimento de plurisignificação das informações e contato com a linguagem figurada. Assim, lendo, cantando e interpretando, criando e recriando textos os alunos aprimoram-se, revelando o seu lado jornalístico e poético.
          Dentre os vários aspectos que podem conferir distinção ao trabalho com textos diversificados na quarta série do ensino fundamental destacamos os seguintes:

  - Afetividade:                                                                                                                                            Nesta fase, em que as crianças que ainda estão em processo de alfabetização, o trabalho com textos literários desenvolvem a área afetiva e cognitiva, pois favorece a aprendizagem da linguagem, uma vez que a expressão do imaginário as liberta da angústia própria do conhecimento e lhe proporciona formas de compreender melhor o real, as emoções, e atuar de forma criativa para desenvolver seus conflitos.
  - Criatividade:
           Na sala de aula, a criatividade do educando para criar inventar, inovar, quer no campo artístico, quer seja no cientifico ou esportivo deve ser respeitada de acordo com suas limitações cognitivas, pois é imprescindível avaliar cautelosamente a criatividade de qualquer produção textual, tendo como objetivo primordial a sucessão e motivação do aluno em suas produções para
torná-las autênticas.
- Diversidade:
            Por tipologia textual entende-se o leque de possibilidades de expressão de conhecimentos, (informativo, literário apelativo e expressivo), propiciando ao educando a criação de textos coerentes, a partir do eixo adquirido de conhecimento existente em sua convivência com a diversidade de textos no contexto social, facilitando assim na concatenação de suas ideais, para favorecer a recepção, leitura, interpretação, produção, re-produção dos textos, seduzindo-os pela evidência de que as palavras são peças fundamentais para o dinamismo que impulsiona para a concretude satisfatória da produção de texto.
Quadro 1. Apresenta-se  as diferentes tipologias textuais:


1. .Textos literários
                      Conto
                      Novela
                      Obra Teatral
                      Poema
2. Textos jornalísticos
                       Notícias
                      Artigo de opinião
                       Reportagem
                      Entrevista
3. Textos de informação cientifica
                      Notas de enciclopédia
                       Relatório      de   experimento   científico
                      Monografia
                      Biografia
                      Relatório histórico


4. Textos instrucionais
                      Bula de remédios
                       Receita
5. Textos epistolares
                      Solicitação
                      Carta
6. Textos humorísticos
                      História em quadrinhos
7. Textos publicitários
                      Aviso
                       Folheto
                      Cartaz
                                                       
             
            Enquanto unidades comunicativas, esta variedade de textos manifestam diferentes intenções do emissor: procurando informar, convencer, seduzir, entreter, sugerir estado de ânimo e etc. Em correspondência a estas intenções, é possível caracterizar os textos levando em consideração que
construídos em torno de uma única função da linguagem; sempre manifestando todas as funções, mas privilegiando uma: por isso dá destaque à função predominante, aquela pertinente ao propósito deste projeto; informativo, literário, apelativo e expressivo.
            Em relação às funções da linguagem expressas nos textos, Jakobson apud Kaufman (1995, p.14) descreve:
A informativa é uma das funções mais importantes cumpridas  pelos nos textos   utilizados no ambiente escolar é a de informar, de fazer conhecer, através de uma lLinguagem precisa e concisa, o mundo real, possível ou imaginado, ao qual se refere  o texto.
            Já na função literária, a linguagem tem uma intencionalidade estética. Destaca-se que todos os que empregam os recursos da linguagem têm a     liberdade e originalidade para criar beleza e recorrer a todas as potencialidades do sistema lingüístico para produzir uma mensagem artística,
uma obra de arte.
            Estes textos obrigam o leitor a desvendar o alcance e a significação dos diferentes recursos usados ( símbolos, metáforas, comparações, valor das imagens, etc.) e sua incidência na funcionalidade estética do texto.
            A função apelativa privilegia a linguagem com objetivo de modificar comportamentos. Pode incluir desde a ordem contundente até a fórmula de cortesia e aos recursos de sedução mais sutis para levar o receptor a aceitar o que o autor propõe, a atuar de uma determinada maneira, a admitir como verdadeiras suas premissas.
            Os textos nos quais predominam a função expressiva manifestam a subjetividade do emissor, seus estados de ânimo, seus afetos, suas emoções.
            Nestes textos, observa-se uma forte tendência a incluir a palavra impregnada de matizes afetivas e valorativas. Certos textos literários como, por exemplo, os poemas líricos, também manifestam a subjetividade do emissor, ajustam se aos padrões estabelecidos pela estética para criar o belo, razão pela definição de literário e não como expressivos.

1.3         A trama dos textos

            A apresentação das funções dos textos (informativo, literário, apelativo e expressivo) permite advertir que quando se classifica os textos unicamente em função da linguagem que predomina em cada um deles, não se pode distinguir nem caracterizar convenientemente as diversas variedades de textos que circulam na sociedade. Desta forma, a classificação baseada somente nas funções, além de ser excessivamente reducionista a partir de uma perspectiva teórica, é pouco operacional para trabalhar os textos no marco de um ensino de língua que pretende melhorar a competência comunicativa.
            Os textos se configuram em diferentes maneiras para manifestar as tipologias textuais ou mostrar as funções da linguagem com sua significação etimológica da palavra-texto (texto provém no latim textum, tecido, trela, trama e entrelaçados). Nessa visão cognitiva, pode-se afirmar que um critério de classificação adequada para cruzar com o das funções, poderia ser o que se refere às diferentes maneiras de se entrelaçar os fios, de tramá-los, de tecê- los.   isto é, aos diversos modos de estruturar os recursos da língua para vincular as funções da linguagem.
            As tramas são as narrativas, as argumentações, as descrições e as conversações. Elas apresentam fatos ou ações em uma seqüência temporal e causal.   O interesse destes textos reside na ação através do qual adquirem importância às personagens que a realizam e o momento em que esta ação é concluída. A ordenação temporal dos fatos e a relação causa-efeito faz com que o tempo e a forma dos verbos adquiram um papel fundamental na organização dos textos narrativos.
            Também é importante a distinção entre o autor e o narrador, quer dizer, a voz que relata dentro do texto: o ponto de vista narrativo (narração em primeira ou terceira pessoa) e a predicação.
            Os textos com tramas argumentativos comentam, explicam, apresentam ou confrontam idéias, conhecimento, opiniões, crença ou valores.
Geralmente, organizam-se nem três partes: uma introdução em que apresentam o tema, a problemática em se fixa uma posição; um desenvolvimento, através do qual se encadeiam informações mediante ao emprego, em estrutura subordinadas, dos conectores lingüísticos, requeridos pelos diferentes esquemas lógicos (causa/ efeito, antecedentes/ conseqüente, tese-antítese, e outras). Outras dos cognitivos (análise, sintética e analogia, etc.) e uma conclusão. Os conectores e os pressupostos são de fundamental importância nesta trama.
           Os textos de trama descritivos apresentam preferentemente as especificações e caracterização de objetos, pessoa ou processo através de uma seleção de seus traços distintivos. Neles predominam as estruturas justapostas e coordenadas que permite apreender o objeto descrito como um todo, em uma simultaneidade de expressões. Os substantivos e os adjetivos permitem completar a informação do substantivo mencionam e classificam os objetos da realidade, os adjetivos permitem completar a informações do substantivo,   acrescentando       lhe   características  distintivas ou   matizes
diferenciais.
           Na trama convencional, aparece à intenção lingüística que se estabelece entre os diferentes participantes de uma situação comunicativa, a qual deve ajustar-se a um turno de palavra. A conversação avança com as mudanças do turno. As formas pronominais adquirem relevância nessa trama.
           Classificação dos textos por funções (informativa, expressiva, literária e   apelativa)    e  trama    (descritivo,  argumentativo,  narrativo  e convencional).
           Veja no quadro 02, como podem ser distribuídos os textos mencionados no quadro 01.
FUNÇÃO/TRAMA
                                       

INFORMATIVA
     EXPRESSIVA
LITERÁRIA    
APELATIVA
DESCRITIVA
  - Definição
  - Notas de enciclopedia
 - Relatos de experiência Cientifica

- Poema
                      Aviso
                      Folheto
                      Cartazes
                      Instrução
                      Receita
ARGUMENTATIVA
- Artigo de opinião


                      Aviso
                      História em Quadrinho
NARRATIVA
- Noticia
- Biografia
- Relato
- História
- Carta



Carta
-Contos
- Novela
- Poema
- História em quadrinhos
                      Aviso
História em quadrinhos
CONVENCIONAL
- Reportagem
- Entrevista

Obras de Teastro
- Aviso

          
           Os textos foram situados de acordo com a função e trama que predominam nas formas habituais adotadas na sociedade. Isto não quer dizer que tal organização seja a única possível, mas não é fácil – desejável para os fins que este trabalho se propõe – abarcar todas as alternativas que possam permitir a flexibilidade de certo cânones lingüísticos.
           Também existem cartas literárias e novelas baseadas em textos epistolares, que não foram incluídas, por não serem utilizadas com freqüência, nem em sua forma mais prototípica.

2-CONSIDERAÇÕES FINAIS.

             Apesar de muita  pesquisas feitas e comentada sobre a importancia de as crianças aprendem, de como se dá aquisição da leitura usando diversdade de textos, seja a forma produtiva e eficiente, muito pouco é usado em docencia nas salas de aula  dos primeiros anos do ensino regular do  ensino Fundamental.
            A educação deve trabalhar na preparação dos docentes para entenderem a importancia atuarem de forma conscientede na Alfabetização e nos conteúdos de língua Portuguesa das séires iniciais do Ensino Fundamental , fazendo deste o quase e unicamente como o único recurso nas produções textuais, utilizando dinamicamente o recurso texto como objetos de estudo no curso de formação de professores, para que  seus efeitos cheguem às salas de aula.                                                  Assim os alunos possam fazer  leitura e a escrita de textos informativos, literários, apelativos e expressivos, fazendo a  teoria e a prática se contradizerem.
          
            Sabe se que a escola deve oferecer uma educação de qualidade e oportunizar o acesso do aluno ao saber no universo dos textos que circulam socialmente. Ela deve ser a mediadora entre a criança e as tipologias textuais, pois caso ela negligencie sua missão poderá desconectar a criança da possibilidade de aprendizagem das variedades de textos.
            Desta forma, espera-se que este trabalho de pesquisa sirva para incentivar o trabalho de produção de textos diversificados e para despertar uma reflexão sobre a necessidade de promover um trabalho significativo com a leitura e produção textual.

                                        3.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. A produção de texto nas séries iniciais: desenvolvendo as competências da escrita elaboração e formatação. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak. (2005).

BRASIL, Parâmetro Curriculares Nacionais (1a a 4a série). Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 3.ed. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: A secretaria. (2001).

BRASIL, Parâmetro Curriculares Nacionais (1a a 4a série). Língua Portuguesa. 3. ed. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: A secretaria. (2001).

CARDOZO, Beatriz; Madza Ednir. Ler e escrever, com muito prazer, 2. ed. São Paulo: Ática. (2001).

FERRAREZI, Junior Celso. Discutindo linguagem com professores de português. São Paulo: Terceira margem, 2000.

JOLIBERT, Josette. Formando criança produtora de texto, 2. ed. Porto Alegre: Artes médicas. (1994).

KAUFMAN, Ana Maria; Maria Helena Rodrigues. Escola, leitura e produção de texto, 1.ed. Porto Alegre: Artes médicas. (1995).

LOPES, Leonor Fávero; Lúcia Maria C.V.O.A. Oralidade e escrita: perspectiva para o ensino da língua materna. 5. ed. São Paulo: Cortez. (2005).

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividade de retextualização. São Paulo: Cortez. (2001).

VASCO, Pedro Moretto; Construtivismo: a produção do conhecimento em sala. 3. ed. Rio de Janeiro: vozes. (1996).

[1]Pedagogo com Especialização em Psicopedagogia, mestranda nas Ciências da Educação e coordena o Programa de Aceleração de Aprendizagem -PAA,na Rede Municipal de Educação.
[2]Pedagogo com Especialização em Literatura e língua Portuguesa e atua como Supervisor do Departamento de Educação de Jovens e Adulto-EJA/2010/Buritis.
[3]Licenciado em Pedagogia e Coordena Gestão Democrática da Rede Municipal de Educação de Buritis/RO.
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